John Perkins, no papel de economista-chefe de uma grande empresa de consultoria internacional, aconselhou o Banco Mundial, Nações Unidas, FMI, Departamento do Tesouro dos EUA e líderes de países da África, Ásia, América Latina e Oriente Médio.
Porque falo do John? Para quem leu as suas obras e as suas confissões, e olhar para o que está a acontecer no Brasil, não consegue deixar de questionar se este país não estará a ser vitima de uma operação com os mesmos contornos?
Neste provável “golpe de estado” que está a ser cozinhado em banho maria, o que assistimos? Descontentamento na rua, orgãos de comunicação social a inflamar as areias movediças, prisão sem acusação formada de Lula, juiz a expor conversas telefónicas da presidente do Brasil…
Não estou a dizer que não há corrupção no Brasil- infelizmente esta maleita é global, mas convém não esquecer que o Brasil faz parte dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), nome atribuído pelo então economista-chefe do Goldman Sachs, Jim O’Neill.
Há cinco anos, os maiores países em desenvolvimento tomaram o mundo de assalto com o seu crescimento económico ao mesmo tempo que alimentavam os temores ocidentais com uma nova ordem mundial.
Em 2015, começa a operar o Banco de Desenvolvimento do Brics. Com um capital de 100 mil milhões de dólares e alta linha de ‘swap’, era esperado um aumento da influência das economias emergentes do Bric’s “ofendendo” os clássicos centros do poder financeiro ocidentais, Banco Mundial e FMI. Também em 2015, a Rússia convida a Grécia a aderir ao NBD.
Será assim tão estranho pensar, que para grandes males (o eventual enfraquecimento do poder financeiro ocidental), não se criem grandes remédios para o combater?
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Nem mais.
É isso que está a acontecer…
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