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ACORDEM

Sudão do Sul: Companhia britânica fez acordos de armas com o Sudão do Sul

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Tradução do artigo British company made arms deal with South Sudan, Amnesty claims

de 30 de Setembro de 2017

O departamento de comércio está a investigar se o acordo negociado pela S-Profit Ltd viola os controlos de exportação de armas.

crianças soldados do Sudão do Sul  sentadas com as suas espingardas numa cerimónia de desarmamento organizada pelo Unicef. Fotografia: AFP / Getty Images

Segundo a Amnistia Internacional advertiu, as armas exportadas para a República do Sudão do Sul num acordo supostamente negociado por uma empresa britânica poderão ser usadas contra as tropas britânicas colocadas no país devastado pela guerra, e que fazem  parte de uma missão da ONU.

O Departamento para o Comércio Internacional está a investigar se o acordo que veio à luz do dia pela Amnistia Internacional constitui uma violação dos controlos britânicos para a exportação de armas.

O Sudão do Sul sofre um embargo de armas da UE desde a sua independência em 2011, tendo sido a Grã-Bretanha um dos principais proponente do estabelecimento do embargo de armas pela ONU.

No entanto, os documentos expostos à Amnistia Internacional nomeia a empresa britânica S-Profit Ltd, registada e com endereço perto de Covent Garden em Londres, como sendo um dos jogadores comerciais no que constituiria um dos maiores acordos de armas com o Sudão do Sul desde o início dos seus conflitos civis em Dezembro de 2013.

Em resposta às alegações da Amnistia o director da S-Profit negou que a empresa tenha fornecido produtos militares ao Sudão do Sul mas ficou em silêncio sobre se tinha desempenhado qualquer tipo de papel intermediário.

As armas fazem parte de um contrato anterior não revelado de 2014 entre uma empresa de armas da Ucrânia e uma empresa com sede nos Emirados Árabes Unidos, para obter armas no valor de 169 milhões de dólares (£126m) em nome do governo do Sudão do Sul. Nestas incluem-se milhares de metralhadoras, morteiros, granadas propulsionadas por foguete e milhões de cartuchos de munição.

A Amnistia afirma que o envolvimento da empresa britânica nesse acordo poderá violar os controlos de exportação do Reino Unido que proíbem o envolvimento no fornecimento de armas ao Sudão do Sul, onde o conflito está agora no seu quarto ano e já expulsou de suas casas  cerca de 3,8 milhões de pessoas. A violência foi descrita no início deste ano pelo secretário internacional de desenvolvimento, Priti Patel, como sendo um genocídio. (O Tribunal Internacional anda agora muito ocupado  com o presidente da Síria. Se calhar, esse será o motivo de não poder virar-se para este genocídio e outros executados no Médio Oriente, a quando das operações de desestabilização desta zona, levadas a cabo pela Europa e USA, entre outros – Ndt)

Oliver Feeley-Sprague, director do programa do trabalho da Amnistia no Reino Unido sobre controle de armas, disse: “É inegável que grandes acordos de armas como esses são também uma ameaça directa à vida de centenas de tropas do Reino Unido que actualmente estão no Sudão do Sul e fazem parte de operações de manutenção da paz da ONU. (Sr. Oliver, não seja ingénuo. Sabe muito bem que o que interessa é a “plata”- Ndt). Será que o Reino Unido vai esperar que o sangue britânico seja derramado, antes de tomar as medidas adequadas que impeçam empresas desonestas  de negociar acordos de armas dentro do Reino Unido?”

Um porta-voz do Departamento de Comércio Internacional disse: “Estamos cientes das alegações feitas pela Amnistia e  estamos a investigar se houve alguma violação do nosso sistema de controles de exportação.

“O Reino Unido tem uma das empresas de registos mais transparentes e acessíveis do mundo – vista 2 biliões de vezes no ano passado – o que significa que a informação da empresa está em constante análise. Quando as irregularidades são identificadas, a «Companies House» toma medidas e, se necessário, alerta as agências relevantes de aplicação da lei “.

A Companies House, órgão do governo do Reino Unido responsável pelo registo de empresas recusou-se a comentar o caso. No entanto, em resposta a perguntas da Amnistia sobre as actividades da S-Profit e procedimentos de registo da empresas da UK, o executivo-chefe da agência da autoridade disse que “executa uma série de verificações a todas as informações recebidas, garantindo que sejam válidas, completas, formatadas correctamente e em conformidade com os requisitos de arquivamento da empresa “.

Ann Lewis insistiu que a política da Companies House de tornar públicos documentos da empresa era adequada para evitar “informações falsas, imprecisas ou possivelmente fraudulentas”, uma vez que permitia que “grupos da sociedade civil” “realcem padrões, erros e informações erradas”.

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This entry was posted on 3 de Outubro de 2017 by in Inglaterra, Sudão do Sul and tagged , , .

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