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Tradução do artigo Vying for control of French anti-sanitary pass movement
Rede Voltaire / Damasco (Síria) 11 de Setembro de 2019
As manifestações contra o “passe sanitário” estão em alta na Europa. Em causa está a discriminação entre cidadãos com base no seu estado de saúde; por outras palavras, aqueles que receberam a vacina anti-COVID-19 e aqueles que resistem a ela.
Em Paris, dois eventos concorrentes foram programados para o dia 11 de Setembro de 2021.
Um organizado por Florian Philippot, que começou no mundo da política como membro do Movimento dos Cidadãos de esquerda liderado por Jean-Pierre Chevenement, este último ingressou na Frente Nacional de direita de Marine Le Pen e agora concorre como republicano à frente do seu próprio partido, os Patriotas.
O outro é convocado por Jérôme Rodriguez, membro do Movimento Colete Amarelo que perdeu um olho em Janeiro de 2019 nas mãos da polícia durante uma manifestação e que teve a sorte de ser indemnizado em Março de 2011.
O primeiro desses eventos visa promover a soberania francesa. O objectivo do segundo é reunir sob o mesmo guarda-chuva todos os oponentes do presidente Emmanuel Macron.
O problema é que os cartazes da demonstração de Jérôme Rodriguez são estampados com o punho levantado. Mas não é qualquer punho levantado: é o logótipo registado da «Black Lives Matter», movimento social norte americano que faz campanha contra a violência direccionada às pessoas negras e que, por trinta anos, foi exibido como o logótipo de todas as revoluções coloridas orquestradas pelo National Endowment for Democracy [1] e pelos lacaios de Gene Sharp [2].
[1] “NED, the Legal Window of the CIA”, by Thierry Meyssan, Translation Anoosha Boralessa, Оdnako (Russia) , Voltaire Network, 16 August 2016. Em português A NED, vitrina legal da CIA
2] “The Albert Einstein Institution: non-violence according to the CIA”, by Thierry Meyssan, Voltaire Network, 4 January 2005.
Sem dúvida, o movimento de Jérôme Rodriguez logo estará se transformando em outra coisa, enquanto puxa parte dos grupos opostos a Macron para a vantagem final deste último, que aspira a ser reeleito presidente da França em 2022.