Finalmente, a Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro sediada em França, estrutura especializada da Organização Mundial de Saúde, declarou o glifosato (junto com outros pesticidas organofosforados) como “carcinogénio provável para o ser humano”, classificação que indica a existência de evidências suficientes de que o glifosato causa cancro em animais de laboratório e que “existem também provas directas para o mesmo efeito em seres humanos, embora mais limitadas.”
Há anos que estas evidências são expostas por médicos e investigadores independentes, mas têm tido pela frente a parede do capital e do lucro.
Estamos a falar de saúde publica mas as decisões da IARC não são vinculativas. Terão que ser os governos e outras organizações internacionais a tomarem as medidas que protejam as populações. São más notícias, pois os governos genericamente compactuam com as grandes corporações, nomeadamente com a Monsanto.
Só este ano é que o glifosato está em processo de reavaliação na União Europeia.
“A situação em Portugal é particularmente grave. Em 2012 aplicaram-se no país, para fins agrícolas, mais de 1400 toneladas de glifosato, e esse consumo tem vindo a aumentar: entre 2002 e 2012 o uso de glifosato na agricultura mais do que duplicou.”
Em Portugal, o glifosato é comercializado em diferentes formulações por empresas como a Monsanto, Dow, Bayer e Syngenta.
Também pode ser encontrado nos hipermercados, nas secções de produtos para hortos. Produto usado por quase todas as autarquias para a limpeza de arruamentos
Em 2014, a Plataforma Transgénicos Fora, criou a “Autarquias Sem Glifosato” e desafiou as autarquias a aderirem à iniciativa. Mas, até agora só oito freguesias e quatro câmaras assumiram formalmente esse compromisso.
O glifosato está autorizado na aplicação em linhas de água para matar infestantes, sendo o próprio fabricante a reconhecer a toxicidade para os organismos aquáticos, bem como o impacto negativo a longo prazo no ambiente aquático.
Ao contrário do que acontece noutros países, em Portugal não é rotina analisar o glifosato em águas superficiais ou de consumo, sendo desconhecida a extensão deste impacto. Em França, graças às análises realizadas ao longo dos anos às águas superficiais, foi revelada a presença de glifosato, o que levou o governo francês a reduzir as doses máximas autorizadas na agricultura.
“O caso do Linfoma não Hodgkin
Um dos impactos concretamente identificados pela IARC foi entre exposição ao glifosato e o cancro do sangue: o Linfoma não Hodgkin (LNH). Muito embora não se possam atribuir todos os casos deste cancro a uma única substância, é relevante que Portugal apresente, dos 41 países europeus para os quais a IARC sistematiza informação, uma taxa de mortalidade claramente superior à média da União Europeia: é o sétimo país europeu onde mais se morre de LNH.*8 Além disso, a nível nacional o LNH é o 9º cancro mais frequente (1700 novos casos por ano), de 24 avaliados.”“Mais investigação comprometedora
Publicado ontem mesmo pela Sociedade Americana de Microbiologia, um estudo científico sobre o glifosato e outros herbicidas demonstrou que estes químicos têm um outro lado negativo até agora ignorado: induzem resistência a antibióticos nas bactérias com que entram em contacto.*11 Do ponto de vista médico, e considerando o enorme desafio à saúde pública que a perda de eficácia dos antibióticos está a representar, não podem ter lugar numa sociedade desenvolvida quaisquer químicos que tornam mais fortes os microrganismos patogénicos.““E quanto aos transgénicos?
Mais de 80% das plantas transgénicas produzidas no mundo (sobretudo soja, mas também milho) foram geneticamente modificadas precisamente para receber aplicações de glifosato. Isto significa um acréscimo adicional de resíduos deste herbicida na alimentação, aumento esse que se deve exclusivamente ao uso de OGM. Considerando que os primeiros transgénicos foram autorizados na União Europeia em 1996, não será coincidência que em 1999 a UE tenha aumentado em 200 vezes a sua tolerância aos resíduos de glifosato na alimentação (passaram de 0.1 para 20 mg/kg no caso da soja). Fica assim evidente que os transgénicos pioram a exposição das populações a substâncias perigosas.”
A Monsanto, está preocupada e rebate críticas ao uso do glifosato e pede reunião com OMS
NÓS, CONSUMIDORES, TEMOS O PODER DE RESOLVER ESTA SITUAÇÃO
INFORME-SE, TOME DECISÕES E PASSE A INFORMAÇÃO
Já estou como o Bilu!
Sabes o que te digo? Cancros Felizes…
Já não basta a utilização feita nas culturas OGM… Agora os débeis mentais alimentados por televisões “inteligentes” e “PureHD” já podem aplicar no quintal…
Gostei do pormenor das luvas e da sua espessura!
Qualquer dia fazem em formato roll-on 🙄
GostarGostar
inacreditável
GostarGostar
Mas se ainda não viste este idiota… Então sugiro a visualização…
😎
GostarGostar
estão por tudo.
GostarGostar
É toda uma lógica, um modo de pensar a realidade adoecido pelo facilitismo das conveniências. Depois, o pessoal queixa-se de falta de trabalho!!! Vai lá vai!!!
GostarGostar